Deathgeist fala da história da banda e da cena metal no Brasil
"O underground aqui no Brasil é único vejo que
no mundo todo não tem tanta diversidade como aqui no Brasil, isso é nosso, é
uma riqueza nossa", Maurício Cliff.
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Blog Alessandra Paim Jornalista - Porque do nome
Deathgeist?
Maurício Cliff – a gente queria algo relacionada a alguma
coisa mística. Geist é uma palavra alemã, algo ligado a morte do
fantasma. Então, a gente achou diferente e juntamos as 02 palavras que ficou “Deathgeist”.
Eu acho que ficou uma pronúncia legal, um nome diferente.
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Maurício Cliff – o Deathgeitst é uma banda autoral,
optamos por cantar na “língua-mãe do rock”, do heavy metal english. Apesar de
ser universal a música, mas a gente optou em fazer as letras em inglês para
poder divulgar bastante Europa, EUA e até porque algumas palavras eu acho que
caem bem na língua inglesa. Como fazemos autoral, a gente consegue redefinir melhor
algumas palavras que realmente não se encaixam bem se a gente fosse cantar em
português. Somos uma banda autoral que canta em inglês.
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Blog Alessandra Paim Jornalista - Festivais/eventos que a banda já participou
Maurício Cliff – nesses 08 anos de banda muitas conquistas.
A gente já teve oportunidades de tocar em festivais bacanas do underground,
festivais grandes. Abrimos o show do Krisiun e isso foi bem legal, uma
estrutura bem bacana. Tocamos nos festivais como Otacilio Rock Fest, França
Metal Fest. O que é legal é o reconhecimento de ser chamado pra participar
desses eventos e festivais, sabemos que tem muitas conquistas aí pela frente e ser
convidado pra participar de festivais com bandas de maior destaque pra nós já é
uma grande conquista. Nos motiva a seguir em frente e que estamos no caminho
certo.
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Blog Alessandra Paim Jornalista - Estilo musical
Maurício Cliff – em 2017 nosso primeiro álbum o estilo era
praticamente o thrash metal que é uma das grandes influências da banda. No 666
a gente já muda um pouco mantém o mesmo espírito, mas eu acho que a cada álbum
a gente consegue agregar. A gente fala mudança as pessoas assustam, mas na verdade
eu digo que a gente está agregando outras coisas no material da banda. Então, próximos
álbuns a gente sabe que tem uma veia mais rock, não tão thrash mas não deixa de
ser uma banda que você escute falar é o Deathgeist. O estilo é thrash metal,
mas hoje eu falo que é heavy metal e rock porque as composições a gente acaba agregando
alguns outros elementos que fazem com que a música soe um pouco diferente.
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Blog Alessandra Paim Jornalista - Influências
Maurício Cliff – as influências vou falar no geral e vou
falar até por mim. Eu cresci ouvindo as bandas de rock clássico Black
Sabbath, Led Zeppelin, Kiss. Com o passar do tempo vieram Judas Priest,
Iron Maiden, Motorhead. Essas bandas dos 80s final de 70s me influenciaram
muito e eu acho que era algo, vou citar um exemplo: 1° Rock in rio você tinha ACDC,
Ozzy Osbourne, Scorpions bandas que a gente na época você só sonhava,” será
que algum dia vem” e depois de um grande festival vieram. Acho que a partir daí
as influências ficaram mais fortes ainda. No geral a banda vou falar dos
integrantes todos eles vieram, e claro como a gente é uma banda ligada ao thrash
metal as bandas Metallica, Exodus, Kreator, Sodom as clássicas que
influenciaram muito, também. Eu acho que isso é legal, hoje você tem a
facilidade de conhecer muitas coisas que na época acaba não conhecendo porque
não chegava aqui. Então, você se baseava naquilo que trocava fitas, gravava,
tocava discos e hoje você tem essa grande facilidade. Essas bandas clássicas do
rock e metal foram as principais influências de todos nós.
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Blog Alessandra Paim Jornalista - Quais as inspirações das
letras da banda? Fale um pouco a respeito
Maurício Cliff – as letras do Deathgeist têm muita
coisa ligada ao ocultismo, a magia, né. São temas que a gente se interessa,
então a gente procura ler a descobrir algo. Porque hoje a gente sabe que muitas
coisas que acontecem às vezes nem tem explicação, acho que tem um pouco dessa
coisa da magia/ocultismo. Mas ao mesmo tempo nós temos letras que a própria 666
se você perceber é uma letra que deixa claro que a gente não quer ser mandado. Você
vê o mundo, as religiões, o fanatismo religioso, causam guerras. A gente deixa
claro, faça aquilo que você quer fazer sem prejudicar ninguém. Siga teu
caminho, acredite em você, independente de religião, seja você. A 666
deixa algo nesse sentido, acredite em você, não se deixe levar por falsos
profetas e esse tipo de coisa que acabam manipulando, infelizmente.
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Blog Alessandra Paim Jornalista - Qual o diferencial da banda Deathgeist?
Maurício Cliff - o grande diferencial é não deixar ter essa
veia do metal e ao mesmo tempo a gente agrega algumas coisas que potencializa o
trabalho da banda como teclados, alguns outros instrumentos que ali na hora a
gente acaba colocando. Eu acho que isso é um grande diferencial no quesito de
banda de thrash. A gente sabe que é um estilo que já um bom tempo e tem muitas
bandas que se repetem muito e não estou dizendo que não é legal, tem banda a
gente acaba gostando do que elas são de seguir a mesma vibe, o mesmo som. Por
exemplo as bandas ACDC, Motorhead eles nunca mudaram nada, mas são
exceções e eu acho que a gente gosta de ter algumas variações e poder agregar
na música. E isso a meu ver é um grande diferencial na banda.
Blog Alessandra Paim Jornalista - Maurício, com muitas
bandas pasteurizadas qual a sua visão das bandas de metal atualmente? Quais são
referências para a Deathgeist?
Maurício Cliff – hoje você tem inúmeras alternativas pra
você engrandecer o seu trabalho e a gente pensa muito nisso no trabalho do
Deathgeist. Eu particularmente gosto de escutar algumas coisas ousadas, de
repente você tem um trabalho de uma banda que você está acostumado com aquele
trabalho, e a banda lança outro material que você fala “nossa tem alguma coisa
diferente”. Eu acho que isso faz a
música ser exclusiva, ser apreciada. Claro que a gente sabe que alguns
trabalhos de algumas bandas eles mudam radicalmente e isso não é o nosso caso.
A gente agrega alguns elementos pra justamente potencializar o trabalho. Acho
que vale a pena você ousar às vezes e criar a sua arte com diferencial e isso
vale muito a pena.
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Blog Alessandra Paim Jornalista - Momentos que marcaram a
banda
Maurício Cliff – fazer a abertura do show do Krisiun que
foi um festival que teve em Santo André e aquilo marcou muito é um dos
momentos, nós tivemos muitos momentos bacanas. E esse show deixou claro que
estamos no caminho certo. Até porque na hora que estávamos no palco choveu, lembro
que tinha um rapaz na cadeira de rodas e a gente tocando e chovendo e era ao ar
livre e ele na cadeira de rodas, no barro ali curtindo. E esses momentos são
únicos, você saber que tem um fã, tem alguém ali que independente se está
chovendo, se está acabando o mundo ele está ali vibrando, admirando o seu
trabalho. Esse foi um dos grandes momentos, eu guardo com muito carinho. E um
dos grandes momentos é que nós temos o nosso próprio estúdio e isso é muito
bacana, com o tempo você ter o próprio estúdio é uma conquista e é um grande
momento da banda. Não posso deixar de destacar o carinho dos fãs, um momento
que a cada show, você acaba sentindo uma reação única e isso é muito bacana.
Fora que o público metal hoje tem um nicho de um público da nossa idade e quando
você vê uma molecada em nossos shows curtindo e cantando suas letras é muito
bacana. São momentos mágicos que mostram que valem muito a pena.
Blog Alessandra Paim Jornalista - Tem planos para gravação
de um novo álbum? Fale mais detalhes
Maurício Cliff - estamos agora em fase de finalização do
nosso 4°álbum. Já gravamos a parte de guitarras, baixo e bateria e agora
estamos finalizando os vocais e o backing. A gente tem esperança de finalizar e
lançar até o 2° semestre de 2025. Eu costumo dizer que esse álbum vai ser um
álbum clássico da discografia do Deathgeist. Nós tivemos um tempo bacana pra
poder compor e o Adriano Perfetto tem muitas composições e ideias, ele é um
cara que tem muitas ideias e riffs, então isso adiantou bastante. E se der tudo
certo logo mais vamos estar divulgando.
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Blog Alessandra Paim Jornalista - Fale um pouco da turnê
666 que foi adiada por conta da pandemia. Há hipóteses para essa turnê
prosseguir?
Maurício Cliff – o nosso álbum 666 foi lançado e na época
nós tínhamos umas datas no Nordeste e foi justamente nessa época veio a
pandemia e cancelamos tudo. Mesmo na pós- pandemia fizemos algumas datas, mas
esse tour que a gente queria muito fazer no Nordeste a gente ainda quer refazer
ela, mais bem abrangente pegando mais Nordeste subindo para São Paulo e Rio de Janeiro
e a ideia é sim prosseguir no tour. Assim que finalizarmos o nosso álbum, temos
a pretensão de fazer algumas tour grandes como América do Sul pra esse ano
ainda. E 2026 vamos fechar algumas tour.
Blog Alessandra Paim Jornalista - O que mudou na banda
desde o último álbum de estúdio “666”, em 2019?
Maurício Cliff – as mudanças pra nós são automáticas sobre
o que a gente naquele momento está escutando. Alguns trabalhos estamos
agregando teclados e alguma coisa mais e isso é o diferencial e que a gente
consegue agregar e sem perder a identidade.
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Blog Alessandra Paim Jornalista - Um sonho
Maurício Cliff – só o fato da banda ter o trabalho
divulgado, ter o reconhecimento e a gente sabe que tem muitas conquistas ainda.
Estamos preparando algo bem legal ainda esse ano e começo de 2026 e até porque
vão ser sonhos realizados. Eu vou falar por mim de alguns momentos que vou
dizer que pode ter sido sonhos de eu tocar com o guitarrista que quando eu era
moleque eu olhava ele na TV. Lembro do Rubens Gióia que era o
guitarrista da Chave do Sol e eu assistia ele no programa Fábrica do Som pra
mim aquilo era demais, “olha um guitarrista brasileiro tocando guitarra e rock”.
E eu tive a oportunidade de tocar com ele e pra mim foi um sonho realizado e
outros músicos da cena metal eu já toquei com o Frank Blackfire foi
integrante do Sodom e
do Kreator. Foram sonhos realizados e isso faz com que a gente continue.
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Blog Alessandra Paim Jornalista - Cenário underground
Maurício Cliff - o Brasil em geral é muito diversificado,
você tem por exemplo a cena paulista, tem o Nordeste, bandas incríveis, bandas
maravilhosas que saem de lá. São influências da região, influências que esses
músicos carregam com eles e isso vale muito a pena você conhecer o nosso
underground. Porque você tem aqui a banda de SP que por um lado pode estar
trabalhando um thrash, um rock ou um heavy tradicional ou uma banda do Nordeste
trabalhando com influências da região, bandas que incluem algo relacionado ao
seu passado, a sua história. Tem bandas que tocam heavy metal e carregam
influências indígenas e isso é muito bacana no underground você saber que tem
inúmeras possiblidades. Sem pensar em ganhar dinheiro e só pelo fato de você poder
estar divulgando o seu trabalho isso é muito legal. Então, acredito que o underground
aqui no Brasil é único vejo que no mundo todo não tem tanta diversidade como
aqui no Brasil, isso é nosso, é uma riqueza nossa. Até porque você pega Europa
as bandas são muito ali dos países, mantém a tradição dos países, mas você não
vê essa dentro do próprio estilo, né muita diversidade como tem aqui no nosso
Brasil.
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Maurício Cliff – no geral o público do rock até do heavy
metal é um público fiel. È bacana você ver nessa cena tem muitos ainda que vão
nos shows, compram CDs, camisetas. É um estilo que mantém a tradição. Hoje você
tem streaming e as plataformas digitais pra você escutar música e é onde o pessoal
vai. Só que cena do rock metal no Brasil ela mantém viva justamente por isso, o
pessoal vai nos shows quer comprar o material da banda, quer ajudar o artista,
então isso é único.
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Blog Alessandra Paim Jornalista - Próximo show da
Deathgeist
Maurício Cliff - no momento estamos focados na finalização
do nosso álbum. Temos um evento me novembro em Minas Gerais que a Deathgeist vai
tocar. Mais informações vamos divulgar mais pra frente.
Blog Alessandra Paim Jornalista - Contatos para shows
Maurício Cliff - na página oficial da banda no Instagram @deathgeist666.
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MENSAGEM
“Primeiro agradecer a Alessandra Paim e a equipe do blog
muito obrigado pela oportunidade, eu acho muito bacana a gente saber que tem um
meio pra poder estar divulgando, falar um pouco do seu trabalho, então, muito
obrigado pelo convite. E quero deixar claro que estamos sempre abertos,
qualquer novidade, o que precisar estamos juntos, isso faz com que a cena se
fortaleça. E agradeço muito aos fãs e amigos que sempre acompanham a banda, as
pessoas que estão sempre ajudando a divulgar, as pessoas que vendem os nossos
materiais, que curtem. Muito obrigado! Nós somos o Deathgeist e vocês fazem
parte dessa família, muito obrigado”.
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Entrevista Exclusiva do Blog - Imagem Marcelo JBorges |
Entrevista show de bola!!
ResponderEliminarViva o metal🤟🤟🤟🤟
ResponderEliminarBlog diferenciado 👏👏
ResponderEliminarAqui é de Maranhão e acompanho as entrevistas que rolam aqui. Sempre conteúdos com teor significativo na cena. Professora Kelly 🤟🤟🤟🤟
ResponderEliminarSucesso!!! sempre... ao meu querido amigo mauricio cliff e tbm meu tatuador salve o metal >
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